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Aos pobres do campo

Aos pobres do campo

V. I. Lénine

O livro Aos Pobres do Campo foi escrito por Lénine na primeira metade de Março de 1903. Numa carta a Plekhánov de Março, escrevia Lénine: «Comecei agora a trabalhar numa brochura de divulgação para os camponeses sobre o nosso programa agrário. Desejo muito explicar a nossa ideia sobre a luta de classes no campo com dados concretos sobre as quatro camadas da população rural (latifundiários, burguesia camponesa, campesinato médio e semiproletários juntamente com os proletários). Que pensa deste plano? «Trouxe de Paris a convicção de que só com tal brochura se pode dissipar incompreensões acerca das terras cortadas, etc.»
Em Maio de 1903 o livro foi publicado em Genebra pela Liga da Social-Democracia Revolucionária Russa no Estrangeiro, tendo em 1905 sido repetidamente reeditado tanto no estrangeiro como na Rússia, onde foi amplamente difundido. Em 1905 Lénine preparou uma edição legal do livro, publicado no fim desse ano e reimpresso em 1906. Atendendo às condições da altura – ascenso da revolução, mas também existência da censura – Lénine fez certas modificações no livro, quer introduzindo correcções e acrescentos quer omitindo certas passagens. O texto da presente edição segue o da edição de 1903, apresentando-se em notas de pé de página as modificações mais importantes introduzidas por Lénine ao preparar a edição legal.

Materialismo e Empiriocriticismo

Materialismo e Empiriocriticismo

V. I. Lénine

[...] No seu livro Lénine demonstrou a unidade indissolúvel do materialismo dialéctico e histórico, desenvolveu as teses fundamentais do materialismo histórico, em primeiro lugar a tese do papel determinante do ser social em relação à consciência social. Lénine contrapôs o materialismo histórico à teoria idealista de Bogdánov sobre a identidade do ser e da consciência, assim como às tentativas anticientíficas dos machistas de substituir as leis específicas do desenvolvimento social pela «energética social», pelas leis biológicas, etc.
Lénine desmascarou no seu livro o fictício apartidarismo da filosofia burguesa , encoberto com artifícios terminológicos e uma escolástica «erudita». Mostrou que o desenvolvimento da filosofia, numa sociedade de classes antagónicas, se manifesta inevitavelmente na luta entre duas tendências filosóficas fundamentais – o materialismo e o idealismo – que expressam, em regra, respectivamente os interesses das classes progressistas e das reaccionárias.[...[]

Obras Escolhidas de Lénine - Tomo I

Obras Escolhidas de Lénine - Tomo I

V. I. Lénine

Na presente edição em seis tomos inclui-se apenas uma pequena pare das obras da herança teórica de V.I. Lénine. Mas as obras seleccionadas dão aos leitores uma ideia do leninismo como teoria integral e harmoniosa da época contemporânea. Elas contêm uma imensa riqueza ideológica e são uma fonte de conhecimentos sobre as leis dos desenvolvimento social, sobre a teoria da revolução socialista, sobre as vias da construção do socialismo e do comunismo.

Obras Escolhidas de Lénine - Tomo II

Obras Escolhidas de Lénine - Tomo II

V. I. Lénine

O segundo tomo das obras Escolhidas de V. I. Lénine em seis tomos inclui trabalhos escritos nos anos de 1908-1916, no período do novo ascenso revolucionário na Rússia e nos anos da Primeira Guerra Mundial. As obras deste período constituem um brilhante exemplo de ligação orgânica da teoria marxista com a prática revolucionária, de desenvolvimento criador do marxismo na base da generalização da experiência da luta da classe operária nas novas condições históricas, um exemplo de profunda fundamentação teórica da política do partido.

Obras Escolhidas de Lénine - Tomo III

Obras Escolhidas de Lénine - Tomo III

V. I. Lénine

No Tomo III das Obras Escolhidas de V.I. Lénine em seis tomos incluem-se obras escritas em 1916-1918, num período de tempestuosos acontecimentos políticos – a preparação e realização da revolução democrática burguesa de Fevereiro e da Grande Revolução Socialista de Outubro. Nestas obras Lénine continua a elaborar a estratégia e a táctica do partido bolchevique nas questões da guerra e da paz. Nelas foi desenvolvida a doutrina do imperialismo, a teoria leninista da revolução socialista e da ditadura do proletariado, as conclusões de Lénine sobre a possibilidade da vitória do socialismo inicialmente num só país e sobre a diversidade das forças da passagem para o socialismo.

Obras Escolhidas de Lénine - Tomo V

Obras Escolhidas de Lénine - Tomo V

V. I. Lénine

O quinto tomo das Obras Escolhidas em seis tomos inclui trabalhos escritos editados por V.I. Lénine de finais de 1919 até Março de 1923. Foi a época em que o povo soviético teve de repelir um novo ataque dos países imperialistas, para depois se lançar em pleno ao cumprimento das tarefas da edificação socialista pacífica. Foi uma época de poderoso ascenso do movimento revolucionário mundial, de empenhamento de massas cada vez mais largas de trabalhadores na luta, de rápido crescimento da consciência política e da coesão da classe operária, de surgimento em massa e da consolidação dos partidos comunistas. Durante esses anos realizaram-se na Rússia soviética os II, III e IV Congressos da Internacional Comunista

O Processo de Leipzig

O Processo de Leipzig

O julgamento de Leipzig é e será sempre um acontecimento histórico. Deu um forte impulso à formação de uma larga frente antifascista internacional. Tornou-se uma maneira muito emocional e profundamente lógica de levar a juventude e todos os antifascistas a aprenderem a lutar abnegadamente em defesa da paz e do progresso. O valoroso exemplo de Gueorgui Dimitrov, o homem que desmascarou intrepidamente o fascismo, permanece ainda hoje actual na luta dos povos contra o imperialismo, o capital monopolista e o neofascismo. É nosso dever estarmos não só vigilantes e organizados mas também preparados política, moral e revolucionariamente para derrotar plenamente os militaristas. A paz, a democracia e o socialismo devem tornar-se o amanhã luminoso dos homens de todo o planeta, como aprendemos com Dimitrov.

Para que Nunca Mais Aconteça Fascismo

Para que Nunca Mais Aconteça Fascismo

Editada no 50º aniversário do fim do mais sangrento conflito mundial e da derrota do nazi-fascismo, ela mantém toda a sua flagrante actualidade. Meio século se passou sobre a mais terrível guerra de todos os tempos: 50 milhões de mortos, muitos milhões de homens em armas; numerosos países envolvidos, destruições incalculáveis na economia, nas riquezas naturais e património cultural acumulado ao longo de séculos. De novo forças do fascismo levantam a cabeça. Focos de guerra, choques económicos e graves crises sociais abalam a Europa e o mundo. Desenvolvem-se grandes operações de revisão e falsificação da História e de branqueamento do fascismo. É necessário reter o que precedeu e tornou possível os crimes do nazismo e do fascismo. É necessário que os que não sabem ou já esqueceram conheçam e se lembrem. Para que nunca mais aconteça!

60 Anos de Luta

60 Anos de Luta

A exposição comemorativa do 60.° aniversário da fundação do PCP, intitulada 60 Anos de Luta ao Serviço do Povo e da Pátria, constituiu um notável acontecimento político, histórico, cultural e artístico. Aberta ao público entre 7 e 24 de Maio de 1981 e em Setembro do mesmo ano, na Festa do Avante!, a exposição foi visitada por centenas de milhares de pessoas, que puderam apreciar uma parte significativa do enorme tesouro documental acumulado durante décadas de luta popular, com destaque para a acção da classe operária e do seu partido, o Partido Comunista Português. A presente obra resume o essencial dessa exposição. Não foi possível, naturalmente, incluir nela toda a documentação apresentada, a qual, não sendo completa, não o constituindo um levantamento definitivo da luta popular e da história do PCP, representa um valioso contributo para o conhecimento desse riquíssimo período da nossa história nacional. Foi, pois, necessário seleccionar os materiais. Mas os documentos essenciais, que definem cada tema e cada período histórico, estão aqui reproduzidos, assegurando assim que os resultados mais significativos da investigação preparatória da exposição 60 Anos de Luta ao Serviço do Povo e da Pátria se tornassem acessíveis a todos.

O Imperialismo – Fase superior do capitalismo

O Imperialismo – Fase superior do capitalismo

V. I. Lénine

Por toda esta obra de Lénine perpassa um sentido de urgência e responsabilidade histórica perante as exigências duma luta de classes que, dentro de pouco mais de um ano, desembocou na Revolução Socialista de Outubro de 1917. Daí que a afirmação de Lénine, no seu prefácio à edição russa de Abril de 1917, segundo a qual «o imperialismo é a véspera da revolução socialista», tenha por ele sido retomada e completada no final do prefácio às edições francesa e alemã, de Julho de 1920: « O imperialismo é a véspera da revolução social do proletariado. Isto foi confirmado à escala mundial desde 1917.»

V.I. Lénine. Pequena biografia

V.I. Lénine. Pequena biografia

V. Obitchkine, K. Ostroukhova, M. Pankratova, A. Smirnova, E. Steliferovskaia

«Ao genial teórico continuador de Marx e de Engels, ao criador do Partido proletário de novo tipo, ao dirigente da primeira revolução socialista vitoriosa, ao fundador do primeiro Estado de operários e camponeses, ao criador e guia da Internacional Comunista, nós, comunistas portugueses, devemos, como os comunista e trabalhadores de todo o mundo, a determinante influência das suas ideias e actividade nos acontecimentos revolucionários capitais da nossa época. Devemos o exaltante exemplo e o profundo impacto na consciência dos trabalhadores portugueses da vitória de Outubro, das realizações da URSS e dos êxitos do movimento operário internacional. Devemos ainda a Lenine a bússola segura para a orientação de toda a nossa actividade.» Álvaro Cunhal

(2010). Lisboa: Edições «Avante!»

Clara Zetkin e a Luta das Mulheres - Uma atitude inconformada, um percurso coerente

Clara Zetkin e a Luta das Mulheres - Uma atitude inconformada, um percurso coerente

Organização das Mulheres Comunistas

«A acção política desta revolucionária alemã, que se tornou uma prestigiada e influente dirigente do movimento comunista alemão e internacional, foi bem mais vasta e rica em defesa dos direitos das mulheres e pela sua emancipação social do que a sua associação ao Dia Internacional da Mulher. Clara Zetkin não foi uma mulher só, nem nas causas sociais que abraçou, nem na reflexão teórica que lhes deu suporte. Mas é, sem dúvida, uma figura incontornável na luta do movimento operário e comunista, da história de luta das mulheres no século XX. A sua vida e percurso revelam-nos uma mulher culta, aberta a novas aquisições e conhecimentos, cuja formação política se alicerçou na observação permanente da realidade, na leitura dos principais teóricos do movimento operário e revolucionário e no aprofundamento da sua própria reflexão.»

Sobre Lénine e a Filosofia - A reivindicação de uma ontologia materialista dialéctica com projecto

Sobre Lénine e a Filosofia - A reivindicação de uma ontologia materialista dialéctica com projecto

José Barata-Moura

Quando procuramos pensar filosoficamente a relação de Lénine com a filosofia, o traço porventura marcante que se nos vai desprendendo dos textos é, no meu entender, o da reivindicação de uma ontologia materialista. No entanto, importa não perder a noção, em momento algum, de que se trata de um materialismo novo, de um materialismo com projecto – isto é, destinado a fornecer o embasamento filosófico, não só, teoreticamente, para uma compreensão fundamentada do ser, na multiplicidade e na dinâmica concretas dos seus diferentes patamares estruturados de manifestação, mas também, no que toca aos tabuleiros do agir histórico (inclusivamente, do quotidiano), para uma intervenção humana prática na deveniência desse ser, no sentido de um operar da transformação (igualmente material) das realidades.

Ascensão

Ascensão

Vassil Bikov

Dois guerrilheiros soviéticos, que combatem na retaguarda das tropas alemãs na Segunda Guerra Mundial, são presos pelos nazis e torturados, colocando-se-lhes a alternativa: tentar salvar a vida traindo, denunciando os seus camaradas, ou assumir inteiramente as responsabilidades da sua luta, e morrer. Colocando as duas personagens centrais de Ascensão nesta situação limite, o autor, Vassil Bikov, analisa o percurso paralelo de dois homens: um, o da degradação moral, tão profunda que termina no auto-aniquilamento físico; o outro; o caminho heróico da afirmação da dignidade humana mesmo à custa da própria vida.

Os Porta-Bandeiras

Os Porta-Bandeiras

Oles Gontchar

Oles Gontchar nasceu em 1918 na Ucrânia, na aldeia de Sukha, perto de Poltava; frequentou a Universidade de Dniepropetrovsk. Partiu para a frente de batalha logo no primeiros dias da guerra. Foi soldado e depois sargento, tendo comandado uma bateria de morteiros. Foi precisamente na sua experiência da guerra que Oles Gontchar se baseou para escrever Os Porta-Bandeiras, trilogia publicada em 1946-1948. e de o presente volume constitui a primeira parte. O romance, cujo verdadeiro herói é o povo soviético em luta contra o fascismo, conheceu grande êxito, com sucessivas reedições ao longo dos anos.

Dossier Segunda Guerra Mundial

Dossier Segunda Guerra Mundial

Em 2015 fez 70 anos que terminou a maior de todas as guerras que a Humanidade, na sua história milenar, já conheceu: 50 milhões de mortos, muitos milhões de homens em armas, numerosos países envolvidos, destruições incalculáveis na economia, nas riquezas naturais e património cultural acumulado ao longo de séculos. Para quem acompanhe com alguma atenção os meios de comunicação social, torna-se evidente que as comemorações do fim da Segunda Guerra Mundial servem, em Portugal e no estrangeiro, a uma grande campanha ideológica da reacção e do imperialismo. A resposta documentada, concreta e convincente a esta campanha de falsificação exige por isso, não só uma ampla e larga divulgação da verdade histórica sobre os acontecimentos daquela época, como também um combate actualizado e interveniente em defesa da paz mundial, estabelecendo uma permanente e viva relação entre a vitória da coligação anti-hitleriana de Estados e povos e a luta que hoje se trava em defesa da paz.

Arco-Íris

Arco-Íris

Wanda Wassilewska

Wanda Wassilewska, brilhante escritora polaca, foi apanhada no turbilhão da guerra que devastou o país e soube caldear a sua terrível experiência em obras perenes. Quando a Polónia foi invadida pelos alemães, ela percorreu muitas centenas de quilómetros e atravessou pântanos para alcançar a fronteira soviética. Um seu romance (Pântanos em Chamas) descreve esta atormentada viagem. Quando a Alemanha nazi atacou a União Soviética, Wanda Wassilewska acompanhou os exércitos soviéticos como correspondente de guerra. Do que viu e sentiu nasceu Arco-Íris, obra que foi um êxito enorme, não só na URSS, onde obteve o mais alto galardão literário, mas também noutros países, nomeadamente nos Estados Unidos.

Dezassete Instantes de Uma Primavera

Dezassete Instantes de Uma Primavera

Iulian Semionov

Nos últimos meses da guerra, um agente de informação soviético, introduzido na macabra e desumana máquina nazi, faz-se colaborador destacado das tropas SS, penetra no segredo das tentativas hitlerianas para criar com americanos e ingleses uma coligação voltada para a continuação da guerra contra a URRS e os povos da Europa. O agente Maxim Isaiev (Standartenführer SS Von Stierlitz) não usa pastas milagrosas, tiroteios e perseguições fantásticas. È o realismo das situações, a tenacidade, coragem e inteligência do herói que dão ao leitor a emoção que caracteriza este tipo de literatura.

Nenhum Homem É Estrangeiro

Nenhum Homem É Estrangeiro

Joseph North

Nenhum Homem É Estrangeiro é um apaixonante livro de memórias que, para além dos traços autobiográficos do caminho de um jornalista até à imprensa de esquerda e do seu trabalho nas difíceis condições dos EUA, faz reviver factos, acontecimentos e figuras determinantes de um período decisivo da História do mundo: desde o crash da Bolsa de Nova Iorque em 1929 até à vitória sobre o nazi-fascismo em 1945. A luta dos negros norte-americanos, a guerra de Espanha e as Brigadas Internacionais, a criação da Federação Sindical Mundial e Cuba ainda antes da ditadura de Baptista, a primeira visita aos campos de concentração nazis e o New Deal de Roosevelt são realidades bem vivas nas páginas que aqui ficam, lado a lado com os retratos saídos do contacto directo de Joseph North com figuras como Charlie Chaplin, Hemingway, Juan Marinello, Angelo Herndon, Theodore Dreiser, Alvah Bessie e tantos outros. O autor, Joseph North, nasceu em Chester (na Pennsylvania) em 1904, filho de uma família operária de emigrantes ucranianos, e morreu em Nova Iorque em 1976. Depois de ter conseguido frequentar um curso universitário, iniciou a sua actividade jornalística em jornais locais, aderindo ao Partido Comunista dos Estados Unidos nos anos 20. Participou na criação e dirigiu alguns dos mais importantes órgãos de imprensa da esquerda americana, nomeadamente o diário Daily Worker e a revista New Masses.

Nu Entre Lobos

Nu Entre Lobos

Bruno Apitz

Em Abril de 1945, os exércitos americano e soviético avançam pela Alemanha, vencendo a resistência das tropas nazis. Aproxima-se o fim do III Reich. É neste momento que é introduzida clandestinamente no Campo de Concentração de Buchenwald uma criança de três anos trazida dentro de uma mala por um judeu polaco evacuado de outro campo. Para salvar a vida da criança, os presos forma à sua volta um muro de solidariedade, enfrentando o terror, a tortura – e a morte. O autor, Bruno Apitz, esteve internado no Campo de Buchenwald durante toda a existência deste. Baseada em factos reais por si testemunhados, esta é a história de homens despojados de tudo, mas em que o nazismo não conseguiu destruir a coragem, a disciplina, o amor à vida e a dignidade humana.

Um Dia e uma Noite

Um Dia e uma Noite

Jean Sanitas

Um Dia e Uma Noite é um romance, mas um romance escrito com factos rigorosamente verídicos e com protagonistas bem reais. Pode-se dizer que é um testemunho romanceado da vida dos Franceses durante a ocupação nazi, que submergiu a França de 1939 a 1944, dos métodos da Gestapo e da coragem e tenacidade dos resistentes que nunca se deixaram vencer. O autor entrelaça num dia e numa noite acontecimentos autênticos que se desenrolaram num tempo bastante mais largo. Ele próprio – com dezasseis anos – viveu o calvário dos interrogatórios que tão cruamente narra, e soube encontrar a força de resistir. Entrelaça também, como que numa montagem de sequências cinematográficas, dramas e lutas que se passam em locais diferentes e que convergem para nos dar um painel exaltante da dignidade do homem quando colocado em situações extremas. É todo o friso de personagens quotidianas que perante a bestialidade nazi, se elevam à altura da grandeza do momento histórico e preservam um futuro humano. Em suma, este livro é um documento impressionante, cheio de aventuras mais ricas de peripécias capazes de prenderem o leitor do que tanta ficção sensacionalista que por aí anda. E aventuras comprovadamente verdadeiras – que não devem ser esquecidas.

Princípios Elementares da Propaganda de Guerra

Princípios Elementares da Propaganda de Guerra

Anne Morelli

«Arthur Ponsonby, hostil à entrada na guerra da Grã-Bretanha em 1914 e representante do Partido Trabalhista na Câmara das Comuns e depois na Câmara dos Lordes, descreveu alguns mecanismos essenciais da propaganda de guerra, que é possível resumir em 10 «mandamentos». Sistematizei esses dez «mandamentos» em dez capítulos, que formam a trama desta obra. Para cada um destes princípios elementares da propaganda de guerra procurei demonstrar que evidentemente não foram aplicados apenas na Primeira Guerra Mundial e que desde então foram também regularmente utilizados pelas partes em presença, mesmo em conflitos muito recentes.»

Reportagem sob a Forca

Reportagem sob a Forca

Julius Fucik

Julius Fucik nasceu a 23 de Fevereiro de 1903, em Praga, filho de um operário. Aos dezoito anos de idade filiou-se no Partido Comunista Checoslovaco, trabalhando desde jovem como jornalista comunista. Quando, depois do golpe traiçoeiro de Munique, os reaccionários ocidentais, aliados à nossa burguesia, entregaram a Checoslováquia a Hitler, Julius Fucik não deixou de combater nas fileiras do Partido Comunista clandestino. No dia 24 de Abril de 1942, foi preso durante uma reunião conspirativa em Praga. Quando o Exército Soviético vitorioso libertou os prisioneiros do campo de concentração, regressei a Praga. Buscando o meu marido, soube então que fora executado à pressa. Soube também que, na prisão da Gestapo de Praga, Julius Fucik havia escrito em segredo. Pouco a pouco, consegui reunir as folhas do seu manuscrito, trazido secretamente para fora da prisão e guardado pela boa gente Checa. É o livro que Julius Fucik intitulara Testamento Sob a Forca.

Sem tréguas

Sem tréguas

Giovanni Pesce

Giovanni Pesce, comunista, resistente da primeira hora, conta neste livro a história empolgante e comovente dos GAP – Grupos de Acção Patriótica – que, de armas na mão, foram um dos pontos mais altos da resistência ao ocupante nazi e aos traidores fascistas nas cidades do Norte da Itália. Esta história é, realmente, uma história das grandes aventuras em que o homem dá o melhor de si próprio inserindo-se na luta mais geral de todo um povo, ainda que actue em pequenos grupos ou até sozinho. O autor escreve todos os espantosos acontecimentos de que foi testemunha ou protagonista com um rigor e uma contenção que fazem deste livro também uma obra literariamente perfeita. E recorda, muitas vezes, alguns episódios dramáticos e decisivos da Guerra de Espanha.

A Questão do Estado, Questão Central de Cada Revolução

A Questão do Estado, Questão Central de Cada Revolução

Álvaro Cunhal

«A teoria marxista-leninista do Estado é a única que dá, não apenas à classe operária, mas a quaisquer forças revolucionárias, uma base científica para resolverem os problemas práticos da conquista do poder, da organização dos seus órgãos, da sua defesa e da sua consolidação», escrevia Álvaro Cunhal em A Questão do Estado, Questão Central de Cada Revolução, texto que agora se reedita por ocasião do 94.º aniversário do seu nascimento. Como acentua José Casanova no prefácio à presente edição, «a vida viria a confirmar as análises, previsões e alertas produzidos por Álvaro Cunhal», os quais conservam toda a sua actualidade 40 anos após terem sido escritos e passados 90 anos da Revolução de Outubro que os inspirou.

Liberdade, Igualdade, Fraternidade

Liberdade, Igualdade, Fraternidade

A Grande Revolução Francesa teve repercussões profundas em toda a Europa. E isto porque, e apenas porque, estava madura a necessidade de uma transformação revolucionária das condições sociais não apenas em França, mas também no resto da Europa. […] A Revolução Francesa teve um carácter democrático-burguês, isto é, processou-se sob a direcção da burguesia, que se apoiou, para o efeito, nas amplas massas do povo trabalhador. A revolução dirigiu-se contra a orem feudal vigente, e substituindo-a pela ordem capitalista. A luta teve causas económicas. […]

Centenário do I Congresso dos Sovietes de Deputados Operários e Soldados de toda a Rússia

Domingos Abrantes

Publicado no Jornal «Avante!», 2272 de 15 Junho 2017
O I Congresso de Deputados dos Sovietes de Operários e Soldados de toda a Rússia, realizado na então cidade de Petrogrado, entre 16 de Junho e 7 de Julho de 1917 (novo calendário), teve enorme importância para o desenvolvimento da revolução, apesar das decisões tomadas não terem correspondido às exigências do momento, quando estava em causa o avanço da revolução ou o seu recuo.

Socialista de Outubro

Maria da Piedade Morgadinho

Publicado em «O Militante», n.º 346 - Jan/Fev 2017
Nos inícios do século XX, apenas no curto prazo de doze anos, a Rússia foi palco de três revoluções: as revoluções democráticas burguesas de 1905-1907 e de Fevereiro de 1917 e a Revolução Socialista de Outubro de 1917. Confirmava-se assim estarem correctas as teses de Marx sobre a «revolução em permanência», sobre o processo revolucionário contínuo. Ao elaborar esta tese, Marx partiu da análise das revoluções burguesas que se estenderam a vários países da Europa em 1848-1849, dos movimentos revolucionários, das situações revolucionárias que eclodiram em vários países.

A libertação de Auschwitz pelo Exército Soviético

Manuela Pires

Publicado em «O Militante», n.º 346 - Jan/Fev 2017
Assinalar os 72 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz pelo Exército Vermelho não deve ser encarado como uma mera efeméride, mas sim como mais um momento da permanente reflexão sobre as causas e as consequências do ascenso do nazismo e da Segunda Guerra Mundial que lhes estão associadas, retirando as necessárias conclusões para o presente e para o futuro. Uma reflexão tanto mais imprescindível quanto um pouco por todo o lado se assiste ao levantar cabeça das forças neonazis e a uma ofensiva de desvalorização e apagamento do papel determinante da União Soviética e do Exército Vermelho para a derrota do nazismo e a libertação dos povos.

«Bandeira Vermelha» - Na defesa de Outubro e na fundação do Partido

Domingos Abrantes

Publicado em «O Militante», n.º 347 - Mar/Abr 2017
O Comité Central do Partido decidiu comemorar o centenário da Grande Revolução Socialista de Outubro de 1917 na Rússia com um vasto e diversificado leque de iniciativas, não apenas para evocar um acontecimento maior na luta emancipadora dos trabalhadores e dos povos, como seria seu dever, mas também para reafirmar o carácter emancipador daquele acontecimento, a validade dos seus valores e obra e projectá-los na luta dos nossos dias contra a opressão e a exploração, pelo socialismo e o comunismo, bandeiras desfraldadas há 100 anos pelos revolucionários bolcheviques na Rússia sob a direcção de Lénine e que, ao triunfarem, inauguraram uma nova etapa na história da humanidade: a etapa da passagem à construção da sociedade socialista e comunista.

Revolução de Outubro - Ideal, projecto e valores para o nosso tempo

Manuel Rodrigues

Publicado em «O Militante», n.º 350 - Set/Out 2017
As comemorações do Centenário da Revolução de Outubro têm vindo a ser concebidas e dirigidas em dois sentidos divergentes e opostos. Uns, como o faz o PCP, com os trabalhadores e com o povo, promovem-nas para afirmar o socialismo como exigência da actualidade e do futuro. Outros, como o faz o grande capital e a ideologia dominante, para reescrever a história, descaracterizando, falsificando ou caricaturando os seus objectivos, natureza e ideal.

Canto de amor a Stalinegrado

Gustavo Carneiro

Publicado no Jornal «Avante!», 2295 de 23 Novembro 2017
Entre os múltiplos e extraordinários feitos alcançados pela Revolução de Outubro e pelo subsequente processo de edificação do socialismo, a vitória sobre o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial é sem dúvida um dos mais notáveis. Fosse apenas pelo papel decisivo desempenhado pela União Soviética no esmagamento do nazi-fascismo e na criação de uma ordem mundial mais democrática e progressista e esta primeira experiência vitoriosa de construção do socialismo já mereceria um lugar cimeiro entre as grandes epopeias libertadoras da história da Humanidade.

Uma Vitória da paz, da democracia e do socialismo

Jornal «Avante!»

Publicado no Jornal «Avante!», n.º 2266 de 4 Maio 2017
A 9 de Maio comemora-se o Dia da Vitória, quando a Alemanha nazi foi obrigada a render-se formalmente à União Soviética (URSS). Com a Vitória sobre o nazi-fascismo chegava ao fim a II Guerra Mundial (1939 a 1945) na Europa, tendo prosseguido no continente asiático até 2 de Setembro, com a capitulação do Japão. Para despertar esse dia foram necessários sacrifícios extraordinários, em primeiro lugar dos comunistas e de outros antifascistas (as primeiras vítimas do nazi- -fascismo); foi necessário travar a mais dura batalha que a Humanidade já conheceu.

Revolução de Outubro - Ideal, projecto e valores para o nosso tempo

Manuel Rodrigues

Publicado no Jornal «Avante!», n.º 2263 de 13 Abril 2017
Pela primeira vez, num engenho espacial, o homem atravessava a atmosfera e lançava-se no espaço para uma órbita completa em volta da terra. Eram 10 horas e 56 minutos, quando a Vostok 1 aterrava suavemente, cumprida a sua missão. Tinham bastado 108 minutos para se iniciar «a grande aventura do século XX», dando-se assim o sinal de partida para a corrida à conquista do Cosmos, que alguns designaram como a «mais fabulosa da história da Humanidade».

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